Uma Fé que Pratica a União

4846Views
Contents

O evangelho vem acompanhado de sofrimentos. Assim como dar à luz e criar um filho é um grande desafio, salvar uma alma, que é a obra do evangelho, também é uma tarefa difícil. Contudo, por possuir bons resultados, o evangelho é descrito como um bom sofrimento.

O processo de renascer como o povo de Deus implica uma grande dor. Como toda a humanidade desceu do céu devido a seus graves pecados, as manchas do pecado não podem ser removidas sem experimentar a dor. Ao experimentar a dor de ser limpos dos pecados, podemos ser transformados na imagem de Deus e entrar no reino dos céus. Apesar de estarmos em uma relação mutuamente benéfica onde cada um incentiva a mudança do outro, no processo de se esforçar para levar outra pessoa ao céu, ocasionalmente surgem dissenções devido aos diferentes pontos de vista.

Deus nos instruiu a “ter a mesma mentalidade que Cristo” e “transformar o nosso coração para ser como o de Cristo”. Precisamos mudar de uma mentalidade egoísta em que nos sentimos aliviados apenas quando nossas opiniões são aceitas, a uma mentalidade de sacrifício como a de Deus, a fim de salvar as almas. Quanto Deus se agrada quando os irmãos estão unidos! Deus promete bênçãos e a vida eterna aos que se unem (Sl. 133:1-3). Com o desejo de receber a vida eterna e ir ao reino dos céus, temos dedicado o nosso coração, mente e esforços para salvar almas até o dia de hoje. Desta forma, sem falta devemos nos unir.

Entre as pessoas, há algumas com “personalidade de garrafa de refrigerante” e outras com “personalidade de garrafa de água”. Quando agitamos uma garrafa de refrigerante, ela explode e respinga nas pessoas ao redor. Pelo contrário, mesmo que agitemos uma garrafa de água, ela não produz bolhas nem incomoda os outros. Não adotemos uma personalidade apressada e impaciente como a do refrigerante, mas, sim, cultivemos uma personalidade tranquila e serena como a da água.

Dentro de nós existe uma natureza pecaminosa, que não pode resistir aos impulsos que conduzem à ira e à criação de discórdia, junto ao Espírito Santo de Deus. Devemos viver segundo o Espírito Santo (Gl. 5:13-16). Mesmo que alguém fira nossos sentimentos, perdoemos com um coração de servir. Quando consideramos os outros superiores a nós mesmos, podemos servi-los. Deus disse: “Se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará” (Mt. 6:14). Já que Deus disse que devemos nascer de novo para ver o reino dos céus, devemos abandonar os desejos mundanos e seguir o Espírito Santo, transformando nossa mentalidade de discórdia em uma de harmonia e união, a fim de entrar no reino dos céus.

Deus pode colocar ao lado de vocês um membro que não para de incomodá-los, apenas para ver se vocês são um grande vaso. Se houvesse apenas aqueles que cuidam bem de vocês, não haveria oportunidade para que se tornassem um grande vaso. Quando vocês se consideram mutuamente e se abraçam com amor, inclusive nos momentos difíceis, tornam-se vasos como o sacerdócio real do céu.

Somo um só corpo. No corpo com Cristo como a cabeça, há membros que exercem o papel de nariz, ouvidos, sobrancelhas, mãos e pés, porém todos eles são membros preciosos (1Co. 12:12-27). Não é necessário desprezar ninguém, nem dizer: “Sou superior”. Deus valoriza até mesmo os pés humildes, pois está escrito: “Quão formosos são os pés dos que anunciam coisas boas!” (Rm. 10:13-15).

Por mais irritados que vocês estejam, devem suportar com paciência, pensando primeiro: “O Pai celestial achará o meu comportamento agradável ou preocupante?”. Para nos transformar de seres pecadores para seres que possuem a bela imagem de Deus, ele veio a esta terra. Podemos estar unidos e entrar no reino dos céus quando adotarmos o coração de Cristo, que mesmo sendo Deus, assumiu a forma de servo e se fez semelhante aos homens.

Estamos conectados e edificados no templo espiritual do céu segundo a vontade do Espírito Santo (Ef. 2:19-22). Deus nos incentiva a estar unidos e ir ao reino dos céus, por isso é essencial que não neguemos nos unir. Quando seu caráter mudar lindamente, converter-se-á na imagem de um anjo perfeito. Considerando que Deus transformará a natureza pecaminosa de seus filhos para que sejam semelhantes a seu corpo glorioso (Fp. 3:17-21), espero que estejam unidos, cultivem dignamente a atitude de filhos de Deus e se convertam em exemplos com boas obras.